quarta-feira, 15 de julho de 2009

A Cerâmica da Idade do Ferro no território português



Kylix em cerâmica grega ática de verniz negro






Cerâmica do tipo Oriental

Cerâmica de verniz vermelho

É a principal produção cerâmica oriental. As pastas são normalmente depuradas e arenosas. A cozedura é sempre oxidante e a temperaturas não muito elevadas. O verniz é o descritor essencial nestas cerâmicas, e o que oferece uma maior variabilidade, não só devido à sua composição (multiplicidade de receitas de acordo com as oficinas), mas também porque é facilmente afectado pelas condições de conservação enquanto as cerâmicas estão soterradas. O verniz não era mais do que uma solução aquosa com corantes e ligantes de origem orgânica (gordura, resina, colóides, etc.) aplicado por pincelagem sobre a superfície da cerâmica, o que confere um aspecto particular. A cor é muito variável atravessando toda a gama do vermelho ao castanho. A principal forma é o prato de bordo largo.

Cerâmicas pintadas

São várias cerâmicas pintadas, algumas com verniz, outras com pigmentos e barbotinas de base argilosa. As cores utilizadas são o vermelho, o negro e o branco com grandes gamas de variação. O padrão decorativo é, sobretudo, a banda alternada, ritmada quanto à sua espessura. Conhece-se também a faixa de reticulado como padrão decorativo. Posteriormente, adoptar-se-é a pintura monocromática (do vermelho escuro ao negro).


Cerâmica de tradição local

Cerâmicas cinzentas finas

Normalmente, são de pastas depuradas e produção cuidada, sendo as formas dos vasos sujeitas a alguma estandardização. A cozedura redutora que conferia aos vasos os tons acinzentados, por vezes quase negros, fazem parte de um estilo de produção muito divulgado em todo o Mediterrâneo.

Cerâmicas estampilhadas

São cerâmicas decoradas com o recurso a estampilhas, normalmente geométricas, por vezes figurativas, que são aplicadas sobre o corpo dos vasos em bandas ou noutras disposições mais complexas. A estampilhagem restringe-se mais a dois tipos principais de vasos: potes de armazenamento e cerâmicas cinzentas finas

Cerâmica Castreja

Caracterizada por pasta micácea e tons escuros resultantes de cozedura em forno redutor. Tem decoração incisa ou impressa e uma variabilidade formal limitada (de notar os recipientes de perfil "S")


Cerâmica Grega

Os oleiros gregos foram sempre beneficiados pela abundante matéria-prima de qualidade e, desde cedo, por uma alargada experiência de produção ao longo da Idade do Bronze, principalmente os da região da Ática. A partir de cerca de 1000 a. C., desenvolveram um estilo conhecido por Geométrico, que se refere directamente ao tipo de decoração. Na segunda metade do século VIII a. C, os contactos dos gregos com o Oriente levaram à introdução do reportório figurativo de uma larga gama de decorações florais, animalísticas e historiadas que se designa por estilo orientalizante. No século V a. C. estabelece-se a dominância das oficinas áticas e define-se o estilo de figuras negras. As figuras são pintadas a negro e a vermelho sobre o fundo claro da cerâmica alisada. Os detalhes da figuração são obtidos por esgrafitagem sobre a pintura, deixando aparecer a cor do suporte. Pequenos toques de branco são, por vezes, aplicados. A pintura atribui-se em bandas ocupando todo o vaso ou em quadros que ocupam a superfície de curvas mais amplas. Em 530 a. C. descobre-se a invenção da técnica de "figuras vermelhas": todo o vaso é coberto por verniz negro, deixando em reserva o contorno das figuras, cujo desenho é conseguido com finos traços da mesma tinta. Rapidamente tornado dominante, este estilo de pintura deixaria para a prosperidade alguns dos melhores exemplos da pintura antiga.

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